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Pelo que vou orar hoje?

Palavras de Neemias, filho de Hacalias. No mês de quisleu, no vigésimo ano, quando eu estava na cidadela de Susã, veio Hanani, um dos meus irmãos, com alguns homens de Judá. Então lhes perguntei a respeito dos judeus que escaparam e que sobreviveram ao exílio e a respeito de Jerusalém. E eles me responderam:

— Os restantes, os que sobreviveram ao exílio e se encontram lá na província, estão em grande miséria e humilhação. As muralhas de Jerusalém continuam em ruínas, e os seus portões foram destruídos pelo fogo.


 Neemias 1.1-3


Um breve contexto para que ninguém se perca no que está acontecendo aqui: lembrem que Deus prometeu a Abraão que ele teria um filho que teria muitos descendentes que se tornariam uma grande nação (Gênesis 15:4-5). Essa nação herdaria a terra de Canaã onde ele morou como estrangeiro (Gênesis 15:18-21). Isso aconteceu através do seu filho Isaque e do seu neto Jacó, que teve seu nome mudado para Israel (Gênesis 35.10) e cujos 12 filhos formaram as doze tribos de Israel.


Ao longo do relato bíblico vemos Israel passar a ser governada por um rei. O mais importante desses reis, Davi, foi quem conquistou a cidade que passou a se chamar Jerusalém. A cidade se tornou muito importante porque Davi passou a morar lá e levou junto a Arca da Aliança (1 Crônicas 11, 2 Samuel 6), tornando o local tanto uma capital política como o centro religioso do povo.


Mais tarde Davi foi quem recebeu de Deus as instruções para construir um “templo ao nome do Senhor” (2 Crônicas 2.1), “a casa do Senhor Deus” (1 Crônicas 22.1). Ele passou essas instruções para o seu filho Salomão que foi quem realizou a construção no monte Moriá em Jerusalém (2 Crônicas 3:1) no período em que foi rei de Israel.


Salomão foi sucedido por Roboão e, por causa de decisões políticas de ambos, houve uma revolta que dividiu a nação em dois reinos: Israel no norte e Judá no sul (1 Reis 12). Ambos reinos andaram em desobediência a Deus, sendo infiéis e idólatras mesmo com diferentes profetas alertando sobre o juízo de Deus e a necessidade de arrependimento.


Como juízo de Deus, ambos reinos, em diferentes momentos, foram conquistados por inimigos. Israel foi conquistado pelos Assírios (2 Reis 17.3-23) e vários anos mais tarde Judá foi conquistado pelos Babilônios (2 Reis 25.1-22). Os métodos de conquista, porém, foram diferentes.


O povo de Israel foi espalhado por diversas regiões do Império Assírio e outros povos foram trazidos para habitar na terra de Israel. Isso fez com que a cultura daquele povo fosse absorvida pelas culturas ao redor, perdendo sua identidade e religiosidade, e assim o povo desapareceu da história.


Em Judá, a capital Jerusalém foi sitiada, o templo foi destruído e boa parte do povo foi exilado. Os exilados, porém, foram concentrados na Babilônia, o que permitiu que se mantivessem distintos, preservando suas práticas religiosas e a identidade cultural, graças a ação de Deus através de vários profetas.


Anos mais tarde, os Babilônios foram conquistados pelos Persas e o rei Persa permitiu o retorno dos judeus exilados para Jerusalém e a reconstrução do templo. Esse retorno foi acontecendo em ondas ao longo de muitos anos. As duas primeiras ondas nós encontramos no livro anterior, Esdras (Esdras 1-2, 7-8).


Assim voltamos ao texto de Neemias entendendo um pouco melhor a situação ao seu redor e suas preocupações.


📖 Vamos ler novamente Neemias 1.1-3

Palavras de Neemias, filho de Hacalias. No mês de quisleu, no vigésimo ano, quando eu estava na cidadela de Susã, veio Hanani, um dos meus irmãos, com alguns homens de Judá. Então lhes perguntei a respeito dos judeus que escaparam e que sobreviveram ao exílio e a respeito de Jerusalém. E eles me responderam:

— Os restantes, os que sobreviveram ao exílio e se encontram lá na província, estão em grande miséria e humilhação. As muralhas de Jerusalém continuam em ruínas, e os seus portões foram destruídos pelo fogo.


Agora tente se colocar no lugar de Neemias e pensar que tipo de reação você teria diante dessas notícias, considerando o contexto histórico que você ouviu. Comece também a pensar nas situações recentes da sua vida, situações diversas que você tem passado e como tem reagido. Minha ideia é que você tente se identificar com Neemias, alguém que precisou responder a várias situações difíceis.


📖 Vamos ver a reação de Neemias, versículo 4.

Quando ouvi estas palavras, eu me sentei, chorei e lamentei por alguns dias. Fiquei jejuando e orando diante do Deus dos céus.


A mensagem de hoje é sobre oração, especificamente sobre qual espaço temos dado para a oração nos momentos do nosso dia e qual tem sido o foco das nossas orações. Minha expectativa é que sejamos inspirados por alguns exemplos de Neemias.


Diante das notícias de seus irmãos, Neemias sentou, chorou, lamentou, jejuou e orou diante de Deus.


Qual reação você imaginou que teria ao se colocar no lugar dele?


É bem possível que você tenha pensado em alguma das coisas que Neemias fez. Acredito que todos nós ficaríamos tristes. Acredito que poucos de nós iriam jejuar. E acredito que possivelmente todos iriam orar. Mas acredito que nossas orações seriam bastante diferentes umas das outras e esse é um dos pontos que eu gostaria de destacar hoje.


📖 Vamos ler a oração de Neemias, versículos 5-11.

Eu disse: — Ah! Senhor, Deus dos céus, Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com aqueles que te amam e guardam os teus mandamentos! Estejam atentos os teus ouvidos, e os teus olhos, abertos, para que atendas a oração do teu servo, que hoje faço diante de ti, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos. Faço confissão dos pecados dos filhos de Israel, os quais temos cometido contra ti. Eu e a casa de meu pai pecamos. Temos procedido de forma totalmente corrupta contra ti e não guardamos os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos que ordenaste a Moisés, teu servo. Lembra-te da palavra que ordenaste a Moisés, teu servo, dizendo: “Se vocês forem infiéis, eu os espalharei entre os povos; mas, se vocês se converterem a mim e guardarem os meus mandamentos, e os cumprirem, então, ainda que os seus desterrados estejam nos lugares mais distantes da terra, de lá os ajuntarei e os trarei para o lugar que escolhi para fazer habitar o meu nome.” Estes ainda são teus servos e o teu povo que resgataste com o teu grande poder e com a tua mão poderosa. Ah! Senhor, estejam atentos os teus ouvidos à oração do teu servo e à oração dos teus servos que se agradam de temer o teu nome. Faze com que o teu servo seja bem-sucedido hoje e encontre misericórdia diante desse homem.

Nesse tempo eu era copeiro do rei.


Ué, a notícia foi que as muralhas estão em ruínas e os portões destruídos, mas Neemias nem mencionou isso na oração? Não pediu para Deus enviar engenheiros, arquitetos, marceneiros, mão de obra?


Aqui entra de novo a importância do contexto que falei no início. Lembram que a destruição de Jerusalém e o exílio são resultado do pecado do povo? Neemias conhece essa situação e por isso ele ora primeiro pelo que é mais importante: confissão de pecados e dependência de Deus.


Neemias reconhece que existe uma situação espiritual que precisa ser resolvida antes de partir para uma possível reforma. Neemias começa orando pelos pecados do povo porque ele entende que os muros estão destruídos por causa do pecado do povo. A situação dos muros reflete a situação espiritual do povo.


É claro que Neemias quer que as muralhas e os portões sejam reconstruídos, mas acima disso ele quer que o povo seja fiel a Deus e que Deus esteja no meio do seu povo. De que adiantaria, para o povo que foi chamado a ser o povo de Deus, ter belas muralhas, portões, um templo, mas não ter perto de si o Deus que os chamou? De que adiantaria restaurar as muralhas e permanecer distante de Deus em pecado?


O profeta Ageu falou justamente sobre isso: “Acaso é tempo de vocês morarem em casas luxuosas, enquanto este templo permanece em ruínas?”


Neemias entende que existe algo mais importante do que as necessidades práticas da vida. O foco da sua oração é a reconstrução espiritual, o relacionamento com Deus, depois as questões práticas.


Sobre isso, Alistair Begg faz um comentário interessante: tudo que importa pode ser apresentado a Deus, mas o que apresentamos a Deus nem sempre é o que mais importa. A ideia não é que a gente pare de orar por questões práticas, podemos orar por elas porque elas são importantes. A ideia é que a gente ajuste o nosso foco da nossa oração para o que mais importa. 


Nossa tendência é nos apegarmos às nossas questões práticas, porque gostamos da nossa vida e nos preocupamos muito com ela. Oramos com mais facilidade por oportunidades profissionais, provas de todos os tipos, relacionamentos amorosos, do que por firmeza na fé, por sabedoria do alto, conhecimento de Jesus.


Porém, quando nossos olhos se abrem para a realidade da vida eterna, isso muda nossa vida agora, reordena nossas prioridades e nossas orações. Oramos menos pelos detalhes práticos dessa vida e mais pelas realidades eternas.


Então posso começar a pensar: pelo que tenho orado? Que situações têm me feito orar? O que tenho buscado em minhas orações? O que tenho esperado de Deus nas minhas orações?


Por exemplo, o que eu tenho orado pelas minhas filhas? Será que minhas orações revelam que entendo que a situação espiritual delas é mais importante que seu bem-estar financeiro, profissional, relacional? Também posso pensar nas orações que faço por mim mesmo, pelo meu trabalho, pelo meu casamento, pelo meu futuro.


Minhas orações, se eu oro, quanto oro, sobre o que oro, revelam minhas prioridades. Revelam o quanto eu realmente acho que preciso de Deus ou se no fundo sou na verdade autoconfiante. Será que na prática eu considero que algumas atividades do meu dia não são espirituais? Que não estou fazendo elas diante de Deus?


Pense numa roda de bicicleta. Bem no centro ela tem um eixo que precisa estar firme e bem ajustado para manter os raios alinhados e fazer a roda cumprir sua função.


Nós fomos criados com um eixo espiritual. Fomos criados para realizar todas nossas atividades no mundo que Deus criou a partir da sabedoria dele. Fomos criados com a finalidade de estar em um relacionamento pessoal com Deus, em comunhão com ele, em amor, por opção. Com esse propósito como eixo, os propósitos secundários, os raios da roda, se alinham e permitem que a roda funcione corretamente.


O problema é que o pecado nos atingiu. Nossa mente, nossos desejos e nossa vontade foram corrompidos e o eixo se desajustou. Se oramos pouco, poucas vezes, pouco tempo, sem vontade, sem prioridade, é porque nosso coração ainda está sob efeito do pecado.


Nesse sentido, minhas orações revelam minha dependência. Se eu entendo que todas minhas atividades são feitas diante de Deus, que Ele reina através de todas minhas atividades, mas que o pecado em mim me desalinha desse objetivo, preciso ajustar o meu eixo em oração para qualquer atividade.


Se eu ficar atento com isso ao longo do meu dia, é bem possível que encontre diversos momentos em que posso orar mais, ser mais dependente de Deus. Isso vale nas mais variadas vocações, inclusive para os momentos devocionais. O que revelam as minhas orações antes e depois de ouvir a Palavra de Deus, seja sozinhos como na igreja? Será que eu pareço uma pessoa dependente orando a uma pessoa divina?


Seguindo no texto vamos encontrar mais oportunidades em que Neemias mostra o hábito de orar a Deus em momentos de necessidade.


📖 Neemias 2.1-5

No mês de nisã, no vigésimo ano do reinado de Artaxerxes, uma vez posto o vinho diante dele, eu o peguei e ofereci ao rei. Ora, nunca antes eu tinha estado triste diante dele. Então o rei me disse:

— Por que o seu rosto está triste, se você não está doente? Isso tem de ser tristeza do coração!

Então fiquei com muito medo e lhe respondi:

— Que o rei viva para sempre! Como não estaria triste o meu rosto, se a cidade onde estão sepultados os meus pais está em ruínas e os seus portões foram queimados?

O rei me disse:

— O que você me pede agora?

Então orei ao Deus dos céus e disse ao rei:

— Se for do agrado do rei, e se este seu servo encontrou favor em sua presença, peço que o rei me envie a Judá, à cidade onde estão os túmulos dos meus pais, para que eu a reconstrua.


No capítulo 4 alguns inimigos ficam furiosos com a reconstrução dos muros e começam a zombar. Neemias contra eles. Depois eles planejam lutar e causar confusão. Novamente Neemias ora e o povo coloca guardas na cidade.


No capítulo 5 ele enfrentou problemas financeiros na reconstrução, novamente ele orou por isso. No capítulo 6 novamente enfrentou oposição dos inimigos e orou.


📖 Por fim o muro foi concluído, vejamos Neemias 6.15-16.

A reconstrução da muralha foi terminada aos vinte e cinco dias do mês de elul, em cinquenta e dois dias. Quando todos os nossos inimigos ouviram isso, todos os gentios à nossa volta temeram e decaíram muito no seu próprio conceito, porque reconheceram que foi por intervenção do nosso Deus que fizemos esta obra.


Certamente foram 52 dias muito intensos. Obras, inimigos, problemas financeiros. Talvez você se identifique com essa jornada de Neemias em alguma ocasião da sua vida. No restante do livro ainda tem mais situações de confronto e novamente você pode ver Neemias orando.


Mas quero aqui chamar atenção ao versículo 16. “Perceberam que a obra havia sido realizada com a ajuda de nosso Deus”. Aqui, como em outros momentos do livro, Neemias reconhece a ação de Deus nessa obra.


O primeiro ponto da mensagem de hoje foi um incentivo a refletirmos sobre o foco das nossas orações e da nossa vida. O segundo ponto é refletirmos sobre quanto espaço temos dado à oração dentro dos nossos dias.


Por diversas vezes Neemias orou em situações delicadas. Em paralelo, vemos Neemias reconhecendo a ação de Deus nos acontecimentos. O fato de ele orar pelas diversas situações, o ajudou a perceber a ação de Deus ao longo dos acontecimentos, apesar das dificuldades e da oposição direta à tarefa que ele tinha para fazer.


Quando oramos de momento a momento, enfrentando com fé as dúvidas, olhando para trás, poderemos reconhecer a ação de Deus (Neemias 9). Reconhecendo a ação de Deus, teremos mais confiança na sabedoria de Deus para orar em novos momentos, tendo a certeza que Deus cumpre suas promessas e nos aperfeiçoa de momento em momento (Filipenses 1.6).


Nossa tendência é pedir intervenção de Deus para que as coisas aconteçam da maneira como queremos e nos desesperar quando não acontecem. Reconhecemos que não fazemos milagres, então pedimos ajuda pro nosso assistente que faz milagres, mas ainda somos nós que estamos no comando da situação.


Como foi com Neemias, todos temos desafios práticos, turbulências nos nossos dias. A inspiração que ele nos dá é pedir aquilo que precisamos, ao mesmo tempo que pedimos para permanecer firmes diante do que vier, e continuar voltando a Deus independente das respostas que a vida der.


Momento a momento, oramos a Deus e vivemos. Quando algo muda, voltamos a Deus. O exemplo de Neemias é o mesmo de Jesus: encarar a vida através da oração dependente.


Se Jesus orou, o que dirá de nós? Como escreveu C. S. Lewis: “Eu oro porque não posso evitar. Eu oro porque sou impotente. Eu oro porque a necessidade flui de mim o tempo todo, acordando e dormindo. Não muda Deus. Me muda.”


Eu espero que tudo isso tenha te motivado a trazer Jesus para mais partes do teu dia e a orar mais. Se você é um pouco parecido comigo, pode ser que você já esteja pensando em baixar um aplicativo de hábitos e colocar ali um compromisso de orar mais. Ou esteja olhando pra sua agenda e vendo onde pode encaixar alguns horários de oração.


Ótimo, mas também tenha cuidado. Cuidado com a tentação de se alegrar com a tarefa cumprida, com a quantidade de minutos a mais que está orando, pelo orgulho de estar criando um hábito novo, e não com o seu aprofundamento em Jesus.


Cuidado com seu coração enganoso te tentando a desejar fazer trocas com Deus e a imaginar qual benefício você vai obter com sua nova vida de oração.


Você pode ser tentado a diminuir um pouco o ritmo do trabalho para orar, mas no fundo estar esperando que Deus em troca te abençoe com uma promoção profissional.


Você pode ser tentado a se relacionar com Deus como se ele fosse uma máquina. Quanto mais fichas de oração você coloca, mais chances tem de ganhar um prêmio.


Você aperta seus horários para encaixar alguns momentos de oração, mas começa a sonhar que tudo vai começar a dar certo na sua vida, todas suas orações serão atendidas agora que está orando mais.


Não se engane, o próprio Neemias teve várias oposições e desafios mesmo trabalhando em algo que Deus ordenou e com bastante oração.


Mas alegre-se porque você vai estar se aprofundando em conhecer seu Criador, seu Salvador, seu Consolador. Como aquelas pessoas que quando encontram uma grande alegria profissional dizem “eu nasci pra isso”, que você se alegre em encontrar o Deus que te salvou para estar com Ele e viver para Ele.


Que você decida orar mais porque essa é a única maneira de encarar a vida, de momento a momento. Que você decida orar mais, viver mais da sua vida diante de Deus, porque você não quer viver menos do que o que o evangelho conquistou para sua vida. Que você decida orar mais porque sabe que Deus é fiel, poderoso e bom, e você pode caminhar com Ele mesmo sem saber todas as coisas.


Você também pode estar querendo orar mais, mas ao mesmo tempo pensando: “minha vida é uma loucura, uma correria, onde vou achar tempo pra orar mais?” “Minha cabeça já está cheia de preocupações, não vou sequer conseguir me concentrar.” “Não tenho nem tempo para minhas atividades atuais, como vou colocar mais uma?”


Acredito que todos nós temos um pouco disso. Com a perspectiva de que hoje estamos sendo encorajados a orar mais e trazer Jesus para mais momentos do nosso dia, deixemos alguns textos falarem conosco:


Salmos 127

Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.

Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.

Será inútil levantar de madrugada, dormir tarde, comer o pão que conseguiram com tanto esforço; aos seus amados ele o dá enquanto dormem.

Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão.

Como flechas na mão do guerreiro, assim são os filhos da sua mocidade.

Feliz o homem que enche deles a sua aljava; não será envergonhado, quando enfrentar os seus inimigos no tribunal.


Filipenses 4.6-8

Não fiquem preocupados com coisa alguma, mas, em tudo, sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.


Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês.


Mateus 6.25-34

Por isso, digo a vocês: não se preocupem com a sua vida, quanto ao que irão comer ou beber; nem com o corpo, quanto ao que irão vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e não é o corpo mais do que as roupas? Observem as aves do céu, que não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros. No entanto, o Pai de vocês, que está no céu, as sustenta. Será que vocês não valem muito mais do que as aves? Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?


E por que se preocupam com o que vão vestir? Observem como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, porém, afirmo a vocês que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não fará muito mais por vocês, homens de pequena fé? 


Portanto, não se preocupem, dizendo: “Que comeremos?”, “Que beberemos?” ou “Com que nos vestiremos?” Porque os gentios é que procuram todas estas coisas. O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de todas elas. Mas busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas.


Portanto, não se preocupem com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.


Mateus 11.28-30

Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu os aliviarei. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração; e vocês acharão descanso para a sua alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.


No ritmo agitado em que vivemos, regido por nosso orgulho autoconfiante, temos muito o que aprender com Jesus que é manso e humilde.


Por isso gosto muito de algo que Dane Ortlund escreveu no livro Santificação Profunda. Ele diz que em Jesus o cristão já tem tudo que precisa para seu crescimento. O que ele precisa é harmonizar o que faz, diz e sente, com o aquilo que, de fato, já é, o que nos leva ao próximo texto.


2 Pedro 1.3-11

Pelo poder de Deus nos foram concedidas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude. Por meio delas, ele nos concedeu as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vocês se tornem coparticipantes da natureza divina, tendo escapado da corrupção das paixões que há no mundo. Por causa disso, concentrando todos os seus esforços, acrescentem à fé que vocês têm a virtude; à virtude, o conhecimento; ao conhecimento, o domínio próprio; ao domínio próprio, a perseverança; à perseverança, a piedade; à piedade, a fraternidade; à fraternidade, o amor. Porque essas qualidades, estando presentes e aumentando cada vez mais, farão com que vocês não sejam nem inativos, nem infrutíferos no pleno conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele que não tem estas coisas é cego, vendo só o que está perto, e se esqueceu da purificação dos seus antigos pecados. Por isso, irmãos, procurem, com empenho cada vez maior, confirmar a vocação e a eleição de vocês; porque, fazendo assim, vocês jamais tropeçarão. Pois desta maneira é que lhes será amplamente suprida a entrada no Reino eterno do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.


Numa mensagem sobre orar mais, quero terminar com um versículo que não tem a palavra “oração” ou uma ordem para orar, como “orem sempre” (1 Tessalonicenses 5.17).


Mateus 13.44

O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, que um homem achou e escondeu. Então, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.


Que esse seja nosso tesouro. Porque, onde estiver nosso tesouro estará também nosso coração. E se nosso coração estiver inclinado ao Reino dos Céus, apresentaremos a Deus em oração aquilo que mais importa e de momento em momento buscaremos a comunhão com Ele.


 
 
 

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